Anexo da Madrugada

Postado por NaNa Caê sábado, 16 de outubro de 2010 11:42:00

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As escolhas não são tão subjetivas assim, o destino é futuro, o passado decisão, de modo direto ou indireto em algum momento há a necessidade de haver a percepção lógica ou sensitiva para pular mais para o lado do sim, do não ou do adeus.

A afeição é estranha, lembrando que estranho é aquilo que foge do comum, do padrão, sem parâmetros negativos por favor.

Volta-se novamente então para as escolhas, uma pequena escolha, que supostamente não resultaria em nada culmina em um emaranhado de cuidados.

E assim entende-se a vida.

Depois de 21 anos e alguns dias, compreende-se de forma simplória, jogada ao chão, como pobre mendigo de cantos e quinas quem é preciso amar. Por que amor não é amargo, o amor não dos românticos, o amor realista com uma brusca queda e desejo pelo pessimista, o amor da relação. Relação que entre pessoas, sempre é buscada com um posterior argumento sem objetivo de um findar, reformulamos então a pergunta e respondemos talvez com pré destinos adotados por escolhas religiosas.

Agora sei o que escolhi e quem devo evitar. Schopenhauer não estava certo quanto a força dos desejos, o que realmente nos move é o medo, principalmente o medo de falhar.

Escrever sem planejar, talvez seja isso que torne tudo mais realista, você não corre os olhos pelas linhas a procura de um erro, não relê o que foi escrito por que uma vez já foi feito e nada parecia ter sentido. A lógica se encontra no suspiro das idéias rápidas pela sua mente percorrida, e suspiro é breve, não volta, não pausa, não repete, cada um é diferente, assim como o olhar de uma pessoa toda vez que sorri.

Cada um lê o que procura, e assim acha o que entende, não é escrita clichê ou auto-ajuda, apenas cada um encaixa as palavras no que sente e resulta no seu próprio estado momentâneo.

Perguntaram quem eu era, me deram apenas como resposta idade, obrigações, família, amigos e profissão. No início pensei que eu estava certa rebatendo com justificativas quase sórdidas. Mas agora abaixo a cabeça, por que realmente o ser é estado, é momento e condição, isso não tem como alterar, mas talvez como se posicionar sim.

Não acho que Narciso fica preso ao reflexo por se achar belo, o que ele quer é ter apenas uma referência para que aquilo que vê seja o melhor, sem possibilidade de inferioridade, sem possibilidade de comparações que o coloque para baixo, apesar que ainda assim em poucos minutos cairá de cabeça. E isso sim é se fechar.

São os momentos brutos na vida que te torna mais delicado e não sei se isso é algum tipo de lei de compensação.

Você sabe que precisa voltar a escrever frases aparentemente sem sentido quando os olhos pesam, a cabeça doe e o quarto novamente cheira a cigarro.

Por que quando o estado é de dúvida, logo sou eu o questionamento em pessoa, mas como sempre o que é real para mim não passa de literatura barata para vocês.

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[Ouvindo: Metric - Combat Baby]

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Comments (2)

Milhões de palavras e momentos passaram em minha mente enquanto lia isto. Mas não acho adjetivos que se encaixem perfeitamente em tudo que senti ao ler, então, rendo-me a boa, velha e suprema classe de palavras: o verbo, para ser mais específica: Gostei.

Tá legal você venceu!
Que porra é essa hein garota, te cala senão te mato
me fez querer escrever, que nem uma vez vc comentou...
e o que fiz escrevi merda
super é que feliz com teu post
não fica sem escrever não!

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